Queira ou não o prefeito paulistano, Gilberto Kassab, seu movimento de criação de um novo partido acabou sendo entendido pelos políticos como a concretização de um sonho, a tal "janela" para permitir a mudança de legenda sem que o trânsfuga seja atingido pelas sanções da lei de fidelidade partidária.
No que parecia uma maneira de resolver uma questão paulista — a disputa de espaço para uma candidatura ao governo de São Paulo em 2014 —, o futuro Partido da Democracia Brasileira (PDB) acabou se transformando em um desaguadouro de insatisfações em diversos partidos pelo país: PV, PP, PTB, PR e assim por diante.
Muitos políticos que estão desconfortáveis em seus partidos viram nesse projeto a possibilidade de se organizar. O grande problema é de ordem prática: a indefinição sobre o tempo de propaganda gratuita em rádio e televisão na próxima eleição municipal está contendo o ímpeto inicial de adesões.
A eventual fusão a médio prazo com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que cresceu em 2010, tornou-se uma espécie de sonho de consumo dos que se preparavam para embarcar no projeto de Kassab.
O partido cresceu na sua representação legislativa tanto na Câmara, onde passou de 27 deputados federais para 34, quanto no Senado, onde elegeu três novos senadores.
blog do ricardo noblat
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